Startup Mindset
Google, Amazon, Facebook, Apple… você provavelmente já ouviu falar sobre a
magnitude e influência dessas empresas ao redor do globo. Entretanto, já parou pra pensar o
que elas têm em comum que as fizeram chegar onde estão? Dentre essas semelhanças,
destaca-se o Startup Mindset (mentalidade) como fundamento da cultura cotidiana dessas corporações.
Explicando um pouco melhor esse termo, o startup mindset pode ser entendido como
uma nova maneira de pensar e agir no mundo corporativo, a fim de atender a reconfiguração
do mercado de alguns anos para cá. Como o próprio nome diz, foi um conceito criado e
adotado pelas Startups — empresas recentes de conhecimento e inovação com ascensão
arriscada e exponencial — para ganharem espaço no mercado. Nesse sentido, após tantas
crises na esfera de negócios serem superadas com inovação, as empresas adaptaram seu
comportamento às novas necessidades da dinâmica corporativa, as quais priorizavam:
recursos digitais ao invés do físicos, clientes ao invés do produtos e, principalmente,
mudanças ao invés de certezas.
Assim, destacam-se algumas características dentro do startup
mindset: criatividade, ambição, flexibilidade e agilidade. Contudo, tal conceito não se
resume apenas à ambição de um CEO, por exemplo, mas sim, trata-se de uma cultura
implementada e firmada em todos os funcionários de uma empresa.
A partir da complexidade desse conceito, vale ressaltar alguns elementos
fundamentais do startup mindset.
- Tecnologia:
Na “Era Digital” em que estamos inseridos, não podemos falar sobre
um “novo normal” no mundo corporativo sem falar em tecnologia.
Atualmente, a buzzword “phygital” tem sido muito utilizada para comentar
sobre a não exclusão, mas a junção do mundo físico e o digital na construção
de um negócio. Isso pois, essa ampliação dos canais de compra permite que as
empresas aproveitem a amplitude de vendas oferecidas pelo e-commerce ao
mesmo tempo que concretiza o negócio nas “in-stores”. Entretanto, é
importante salientar que a tecnologia permanece em forte ascensão e deve ser
cada vez mais priorizada na gestão de um empreendimento. - Inovação:
Diferentemente da cultura empresarial passada, o mundo corporativo
hoje vê uma grande vantagem na colaboração dentro do profissionalismo entre
os funcionários — destacando muita cooperação e integração na construção de
uma cultura organizacional. Nesse contexto, abre-se espaço para o “Open
Innovation”: busca constante por novas soluções para resolver os problemas
cotidianos. Na mesma linha de raciocínio, implementa-se a estratégia “Jobs to
be done” (JTBD), com intuito de criar metas progressistas a partir das
circunstâncias que temos ali. Assim, percebe-se dentro do startup mindset,
observa-se uma valorização do conhecimento e da “mente aberta” para
novidades a todo instante dentro de uma firma. - Consumidor:
Nessa nova dinâmica de mercado, o cliente tornou-se o foco de todas
as empresas — a chamada cultura “user-centric” é definida por uma obsessão
pelo consumidor, cujas exigências são cada vez maiores. Isso pois são eles que
sustentam o negócio; portanto, deve existir a prática da empatia, pensando no
que é melhor para o cliente e não para o produto. Nesse contexto, surge
também uma concorrência transversal devido a ampliação e diversificação de
setores nas empresas, focadas em atingir cada vez mais clientes e suas
necessidades. Desse modo, constrói-se uma marca e não uma corporação,
priorizando sempre a autenticidade e a transparência ao público que se quer atingir.
Agora, mesmo entendendo o conceito, você sabe porque ele foi tão adepto das
maiores empresas e startups do mundo? Isso pois esse mindset pode trazer muitos benefícios
para um negócio. De maneira geral, como o próprio objetivo de uma startup, o startup
mindset possibilita uma potencialização do seu negócio, tendo em vista o grande incentivo à
mudanças e inovação, a ampliação de mercado, a diminuição da burocratização, a maior
motivação dos funcionários, etc. Entretanto, logicamente que, como inspiração da dinâmica
de uma startup, tal comportamento empresarial possui uma maior exposição à riscos para a
corporação. Além disso, a exigência por inovações nessa nova realidade exige também um
trabalho maior para o alcance das metas e por isso, deve-se tomar cuidado com a sobrecarga
dos funcionários.
Diante de tudo que foi falado, com certeza qualquer dono de um negócio foi atraído
por essa nova maneira de se comportar no mercado, não acha? Mas então, como eu aplico
tudo isso na minha empresa? Confira alguns passos para concretizar esse comportamento na
sua corporação:
- Alinhamento: garanta que toda a empresa (liderança e funcionários) estejam
alinhados a esse mindset; - Metas: analise sua empresa e trace metas antes de realizar qualquer mudança
ou inovação precipitada. Isso pois, visto a grande exposição aos riscos desse
novo comportamento empresarial, o planejamento é ainda mais importante; - Realize mudanças: comece a correr atrás das suas metas, sempre dividida em
etapas palpáveis/ alcançáveis. Tal processo ajuda na motivação e no sucesso
da implementação de mudanças; - Invista tempo: resultados eficazes e duradouros também levam tempo para
serem concretizados; - Cultura do erro: por mais que pareça clichê, entenda que o erro nem sempre
é negativo, mas pode trazer muita experiência e aprendizado para você, sua
equipe e seu negócio — portanto, não tenha medo de errar; - Constância: por último, faça desses passos de implementação do startup
mindset um ciclo, com constantes mudanças e inovações para que seu negócio
não estagne, mas esteja sempre em crescimento;
Agora que você já sabe o segredo da Apple, Google, Amazon e tantas outras grandes
corporações, experimente também aplicar esse mindset no seu negócio.